SOU DA CIDADE - VANESSA, DA MATA (ha-ha)

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Vídeos disponíveis neste post:
--> VERMELHO no Multishow Ao Vivo em Paraty
--> NÃO ME DEIXE SÓ com Charlie Brown Jr. no Estúdio Coca-Cola Zero
--> AI, AI, AI na Feira do Livro de Ribeirão
--> Vanessa da Mata e sua interação com contracapas






Ela é a dona de um timbre agudamente apurado e apuradamente agudo, de uma energia melodiosamente comedida e de um estilo refinadamente rústico. Já ouvi que "o black power dela é da hora!". Eu concordo. É TÃO "da hora"; e TÃO harmonioso; e balança TANTO quando ela pula sem tirar os pés do chão na porção mais ritmada da interpretação; e deve dar TANTA inveja em muito hipponga por aí, QUE nem mais se sabe se o black power é legítimo. Mas é da hora! Bem como o som que ela expõe.

Vanessa tem jogo de cintura diante dos ouvidos afinados, que consiste na incorporação da sua arte sutil e miscigenada por essência a poderosos hits, seres geniosos, tais como: "Ai, Ai, Ai", "Amado", "Ainda Bem", "Boa Sorte/Good Luck"(em feliz mesclagem com Ben Harper), "Não me deixe só" e o atual "Vermelho". A presença deles, dos hits, em novelas globais é marcante e abriga um gingado fatal da artista: o batepapo com a família brasileira no que é desta o mais favoritíssimo emissor de conceitos e tendências, persistentemente. A trilha abraça-se a um núcleo da trama e não larga mais. Todo dia ela exercita um pouco desse abraço. E aqui Vanessa da Mata dá um "banho de chuva", pois não sucumbe à exposição da sua imagem.

Os três rascunhadores do Contracapa 21 estiveram na passagem da beleza, e da imersão no som do disco SIM, da cantora em seu show na Feira do Livro de Ribeirão. O ritmo reggae, samba, popular brasileiro entrelaçou cerca de 45 mil pessoas, preenchendo a Esplanada do Theatro Pedro II na noite de 26 de junho. Ao encerrar o show, ela homenageou Michael Jackson através do imortal Thriller, que foi reproduzido na versão original, e não na hipotética de Vanessa, o que poderia ser interessante, não acha? Quando ela deixou o local, ainda estávamos lá e a vimos a uns três metros.

Vanessa da Mata tem uma curiosa relação com cadernos, nos quais ela costuma rascunhar seus trabalhos. Costuma dá-los de presente e um deles foi utilizado por Maria Bethânia, que já gravou músicas de Vanessa, na confecção de seu novo trabalho.